Mais uma aventura pelo Brasil, mas esta não foi nada agradável. Ilhéus é um lugar muito peculiar. Tudo que eu vi lá, não presenciei em nenhum outro lugar do Brasil que eu já tenha ido.
Muitas pessoas falam de lá, mostram fotos lindas e tudo mais. Mas eu descobri que lá só compensa se for para ficar em Resort ou praias fechadas. Não tem nada de especial na cidade em si. Turistas que vão para ficar em hotel ou hostel mesmo, pela cidade, podem se decepcionar muito, assim como eu. Os pacotes de agência sempre incluem um guia que com certeza levará você aos melhores pontos. É o que eu recomendo para quem realmente tem vontade de conhecer a cidade.
Para começar eu fiquei em um hostel. Lembram do site que eu tinha indicado? http://www.albergues.com.br/ Pois é, lá me dizia que em Olivença (bairro de Ilhéus) tinha um hostel. O Fazenda Toromba http://www.fazendatororomba.com.br/. Vêem bem as fotos, pois não é bem assim. Antes de chegar a entrada do hostel, e passar por um bairro, digamos assim, não muito amigável, existe uma ladeira de considerável tamanho. Pessoas idosas, cardíacas, gordinhas não devem NUNCA se arriscar num lugar deste. A não ser que queira passar todos os seus dias dentro do próprio hostel ou estejam de carro. Isso se conseguirem chegar até lá, porque a quantidade de lixo jogada na rua é ABSURDA! E todo o lixo. É nojento.
Eu reservei o hostel 5 meses antes do reveillon, fechei um transfer e chegando lá, depois de decepcionar com o lugar, ainda encontrei uma Pousada por um preço 40% menor e descobri também que se ao invés do transfer eu tivesse pedido um táxi, isso me custaria 50% a menos? Quase inacreditável. Mudamos de pousada, fomos para a beira mar, num lugar muito limpo, aconchegante, com ventilador de teto ( o ventilador do hostel era um pequeno de colocar em cima da mesa), com frigobar, piscina.
O mais interessante, foi que a Federação Brasileira de Hostel, que se pronunciou através da pessoa MARINA, não pode fazer nada a respeito do dinheiro que eu havia pago ao reservar o hostel dizendo que ele não estava infringido em nada o que havia sido contratado. Vamos voltar a fita um pouco, antiga esta expressão, mas lá vamos nós. No site da Federação diz que eles oferecem o melhor preço, localização, etc. Alguém pode me dizer, menor preço perante o que então?
Não recomendo, não indico. Totalmente decepcionante.
Mas depois de todo o estresse com relação a onde ficar hospedado, encontramos uma boa pousada, Pousada dos milagres (que caiu do céu).
A praia no bairro de Olivença não é muito limpa, a praia em si é muito suja, assim como o bairro. Uma praia boa e perto é a Praia dos Milionários. Tem uma estrutura boa com muitos quiosques, mesas, cadeiras, etc. O que me impressionou neste lugar foi a quantidade de crianças trabalhando. Uma cena triste de se ver. E não simplesmente trabalhando, elas comendo os restos de comida que sobravam das mesas no final do dia. Uma das cenas que eu jamais vou esquecer.
*Reparem nos sacos de lixo e lixo jogados, isso porque eu tentei esconder o lixo para a foto.
A praia de Batuba Beach, onde fica a estrutura de shows é tomada pelas pessoas da cidade, lixo, etc. O lugar em si, o Batuba Beach é bacana, uma estrutura boa e grande de shows. No reveillon era open bar e mais uma vez, mesmo dentro de uma estrutura enorme e cara o lixo tomava conta. Não encontrei um latão de lixo por lá, mesmo atrás do palco, perto da camarim das bandas, a única solução era jogar o lixo no chão que se acumulava aos montes.
Outra coisa marcante em Ilhéus são os carros com estruturas gigantes de som montadas para ensurdecer qualquer um, 24h por dia. Parece que na cidade existe uma certa competição ferrenha com relação a isso. No reveillon, vimos uma pessoa morta na rua por causa disso. Um liga o som mais alto que o outro, e assim foi. O que me impressionou, além do cadáver jogado na rua, era com que naturalidade as pessoas passavam por ele, fazendo parecer que ele era como o lixo que elas já viam jogado pela rua o tempo todo. Era mais um lixo e nada mais. Não era uma pessoa, uma vida. Uma família que perdeu um filho, alguém que perdeu um amigo. Era mais um lixo jogado na rua, como tantos outros lixos que haviam por lá.
Nos lugares e carros o que se houve (música) é o que eles chama de axé (não é como o axé de SP – Ivete, Cládia Leite, Eva - são músicas que depreciam as pessoas, em especial as mulheres e falam de bebida, álcool e repetem mil vezes a mesma coisa). 24h é de deixar qualquer um maluco. E eles dançam, muito. Os homens vão ao delírio. Quase inacreditável.
Nos bairros, como Olivença não tem banco. O banco fica no aeroporto (24h), mas tem outros espalhados pelo centro da cidade (que não é recomendado após as 18h). A cidade é visitada mais pelos baianos mesmo. Pessoas de outras regiões e interior da Bahia que procuram a cidade para os feriados e para a praia. Não encontrei muitas pessoas de outros estados por lá.
Bom é isso. Essa sim foi uma AVENTURA. Ilhéus / BA. Até a próxima.